terça-feira, 28 de dezembro de 2010

Como anda sua auto-estima?



Uma boa auto-estima é fundamental para conquistar e manter uma relação amorosa. Só quem se ama pode dar e receber amor.


Não adianta: a pessoa pode ser linda, ter um bom emprego, morar num apartamento maravilhoso, dirigir um carrão. Também pode ter um papo ótimo, ser agradável, gentil e sensual. Mas, se apesar de tantas qualidades não tiver uma boa auto-estima, dificilmente conseguirá conquistar alguém ou, o que é mais complicado, manter a conquista.

"A auto-estima é a mola propulsora de uma série de outros sentimentos fundamentais", diz a psicóloga Vilma Ferreira. "Quando a pessoa se sente segura em relação a si mesma e se gosta, torna-se carismática. Além disso, não desenvolve sentimentos negativos de auto-depreciação, como possessividade, medo de perder e ciúme", afirma.

A auto-estima elevada também nos impede de embarcar em relacionamentos complicados, doentios ou equivocados, porque a intuição vai funcionar como um alarme. Mesmo que alguém esteja sozinho e queira muito encontrar alguém para amar, ela é capaz de recuar diante de um parceiro interessante, mas que represente um risco ao seu bem-estar.

Você tem uma boa auto-estima quando...

... Gosta de si mesmo, por isso se valoriza.

...Não se deixa maltratar nem aceita menos do que sabe que merece. Mas também não é arrogante nem tem mania de grandeza.

...É seletivo e não se envolve com qualquer pessoa. Sabe escolher bons amigos e bons parceiros. Não se liga a alguém por carência afetiva ou sexual.

...Tem auto-confiança e sabe expressar suas crenças e pontos-de-vista. Por isso, não sai por aí concordando com o que os outros dizem para obter aceitação e aprovação.

...Não permite que uma atitude ou palavras que alguém diz para você o deixem arrasado. Respeita a opinião alheia, mas sabe o que quer.

...tem auto-respeito e sabe se colocar. Não admite ser destratado, nem compactua com comportamentos que vão contra os seus valores. Por saber se respeitar, respeita a todos, sem julgamentos. Sabe que cada um vive no seu patamar de consciência e assume a responsabilidade por si mesmo.

...É alto astral, alegre e otimista. Acredita no futuro e em si mesmo. Não perde tempo com desânimo, nem aluga os outros com reclamações

...Não alimenta sentimentos negativos como ciúme, possessividade, insegurança. Sabe que você pode manter-se positivo, mesmo diante de algo negativo.

....Recusa-se a tornar-se refém do próprio passado, por mais difícil e doloroso que ele tenha sido. Sabe que a vida acontece aqui e agora e que não é por acaso que o presente se chama “presente”.



Fonte :::Vai dar Certo :::

segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

Um roteiro para ser feliz no amor









1. O amor é um sentimento que faz parte da "felicidade democrática", aquela que é acessível a todos nós. É democrática a felicidade que deriva de nos sentirmos pessoas boas, corajosas, ousadas, etc. A "felicidade aristocrática" deriva de sensações de prazer possíveis apenas para poucos: riqueza material, fama, beleza extraordinária. Felicidade aristocrática tem a ver com a vaidade e é geradora inevitável de violência em virtude da inveja que a grande maioria sentirá da ínfima minoria.



2. É difícil definir felicidade: podemos, de modo simplificado, dizer queuma pessoa é feliz quando é capaz de usufruir sem grande culpa os momentos de prazer e de aceitar com serenidade as inevitáveis fases de sofrimento. É impossível nos sentirmos felizes o tempo todo, mas os períodos de felicidade correspondem à sensação de que nada nos falta, de que o tempo poderia parar naquele ponto do filme da vida.



3. Apesar de ser acessível a todos, o fato é que são muito raras as pessoas que são bem sucedidas no amor. Ou seja, deve existir um bom número de requisitos a serem preenchidos para que um bom encontro aconteça. Não tem sentido pensar que a felicidade sentimental se dê por acaso; não é bom subestimar as dificuldades que podemos encontrar para chegar ao que pretendemos; as simplificações fazem parte das estratégias de enganar pessoas crédulas.



4. O primeiro passo para a felicidade sentimental consiste em aprendermos a ficar razoavelmente bem sozinhos. Trata-se de um aprendizado e requer treinamento, já que nossa cultura não nos estimula a isso. Temos que nos esforçar muito, já que os primeiros dias de solidão podem ser muito sofridos. Com o passar do tempo aprendemos a nos entreter com nossos pensamentos, com leituras, música, filmes, internet, etc. Aprendemos a nos aproximar de pessoas novas e até mesmo a comer sozinhos. Pessoas capazes de ficar bem consigo mesmas são menos ansiosas e podem esperar com mais sabedoria a chegada de amigos e parceiros sentimentais adequados.



5. Temos que aprender a definir com precisão nossos sentimentos. Nós pensamos por meio das palavras e se as usarmos com mais de um sentido poderemos nos enganar com grande facilidade. Cito, a seguir, alguns dos conceitos que tenho usado e o sentido que a eles atribuo. Amor é o sentimento que temos por alguém cuja presença nos provoca a sensação de paz e aconchego. O aconchego representa a neutralização do vazio, da sensação de desamparo que vivenciamos desde o momento do nascimento. O aconchego é um "prazer negativo", ou seja, a neutralização de uma dor que existia - nos leva de uma condição negativa para a de neutralidade. Amizade é o sentimento que temos por alguém cuja presença nos provoca algum aconchego e cuja conversa e modo de ser nos encanta. Segundo essa definição, a amizade é sentimento mais rico do que o amor, já que a pessoa que nos provoca o aconchego - apesar de que menos intenso e, por isso mesmo, gerador de menor dependência - é muito especial e desperta nossa admiração pelo modo como se comporta moral e intelectualmente. Sexo é uma agradável sensação de excitação derivada da estimulação das zonas erógenas, de estímulos visuais e mesmo de devaneios envolvendo jogo de sedução e trocas de carícias tácteis. É evidente que a sexualidade envolve questões muito complexas, que não cabe aqui discutir. Quero apenas enfatizar que sexo e amor correspondem a fenômenos completamente diferentes, sendo que o amor está relacionado com o "prazer negativo" do aconchego e o sexo é "prazer positivo", já que nos excitamos e nos sentimos bem mesmo quando não estávamos mal; o amor nos leva do negativo para o zero, ao passo que o sexo nos leva do zero para o positivo. Amor, sexo e amizade podem existir separadamente e também podem coexistir. A mesma pessoa pode nos provocar aconchego e desejo sexual mesmo sem nos encantar intelectualmente; nesse caso, falamos de amor e de sexo. Podemos estabelecer um elo de amizade e sexo sem o envolvimento maior do amor. Podemos vivenciar o sexo em estado puro, assim como o amor - como é o caso do amor que podemos sentir por nossa mãe, que independe de suas peculiaridades intelectuais e não tem nada a ver com o sexo.



6. A escolha amorosa adequada se faz quando o outro nos desperta o amor, a amizade e o interesse sexual. A essa condição tenho chamado de +amor, mais do que amor. Amigos são escolhidos de modo sofisticado e de acordo com afinidades de caráter, temperamento, interesses e projetos de vida (falo dos poucos amigos íntimos e não dos inúmeros conhecidos que temos). A escolha amorosa deverá seguir os mesmos critérios, sendo que a escolha depende também de um ingrediente desconhecido e indecifrável - porque escolhemos esse e não aquele parceiro? Não é raro que no início do processo de intimidade a sexualidade não se manifeste em toda sua intensidade. Isso não deve ser motivo de preocupação, já que faz parte dos medos que todos temos quando estamos diante de alguém que nos encanta de modo especial.



7. O medo relacionado com o encantamento amoroso é que determina o estado que chamamos de paixão: paixão é amor mais medo! Temos medo de perder aquela pessoa tão especial e do sofrimento que, nessa condição, teríamos. Temos medo de nos aproximarmos muito dela e de nos diluirmos e nos perdermos de nós mesmos em virtude de seus encantos. Temos enorme medo da felicidade, já que em todos nós os momentos extraordinários se associam imediatamente à sensação de que alguma tragédia irá nos alcançar - o que, felizmente, corresponde a uma fobia, ou seja, um medo sem fundamento real. As fobias existem em função de condicionamentos passados e devem ser enfrentadas de modo respeitoso, mas determinado.



8. Para ser feliz no amor é preciso ter coragem e enfrentar o medo que a ele se associa. Esse é um exemplo da utilidade prática do conhecimento: ao sabermos que o amor - aquele de boa qualidade, que determina a tendência para a fusão e provoca a enorme sensação de felicidade - sempre vem associado ao medo, não nos sentimos fracos e anormais por sentirmos assim. Ao mesmo tempo, adquirimos os meios para, aos poucos, ir ganhando terreno sobre os medos e agravando a intimidade com aquela pessoa que tanto nos encantou.



9. Quando o medo se atenua, desaparece a paixão. Isso não deve ser entendido como o enfraquecimento ou o fim do sentimento amoroso pleno. Sobrou "apenas" o amor. O que acaba é o tormento, o "filme de suspense". Fica claro que a coragem é requisito básico para a vitória sobre o medo e a realização do encontro amoroso. O encontro é menos ameaçador quando somos mais independentes e capazes para ficar sozinhos; nossa individualidade mais bem estabelecida nos faz menos disponíveis para a tendência à fusão que é usual no início dos relacionamentos mais intensos.Quando o medo se atenua costuma aumentar o desejo sexual. Se o parceiro escolhido for também um amigo não faltarão ingredientes para a perpetuação do encantamento. Desaparece o medo, mas não desaparecerá o encantamento, a menos que a única coisa interessante fosse o "filme de suspense" - e se for esse o caso é melhor que o relacionamento termine aí. No +amor assim constituído, o encantamento só desaparecerá se desaparecer a admiração.



10. A admiração só desaparecerá se houver abalos graves na confiança ou se tiver havido grave engano na avaliação do parceiro. É evidente que ao longo de um convívio íntimo com uma pessoa com a qual temos muita afinidade surgirão também diferenças de todo o tipo. Não existem "almas gêmeas", de modo que nem todos os pontos de vista serão afinados, nem todos os hábitos serão compatíveis, etc. É o momento em que surgem certa decepção e dúvidas acerca do acerto da escolha. É nesse ponto que percebemos que a escolha amorosa se faz tanto com o coração como com a razão: a admiração deriva de uma avaliação racional do outro, ainda que o façamos de modo camuflado porque aprendemos que o amor é uma mágica determinada pelas flechas do Cupido. A avaliação da importância das diferenças que finalmente se revelaram determinará a evolução, ou não, do relacionamento. A serenidade na análise de situações dessa natureza só pode acontecer com pessoas portadoras de boa tolerância a frustrações e contrariedades. Assim, a maturidade emocional que se caracteriza pela capacidade de suportarmos bem as dores da vida é requisito indispensável para a felicidade amorosa.



11. É preciso muita atenção, pois o medo tende a se esconder atrás das dúvidas que derivam das diferenças no modo de ser do outro, do menor desejo sexual inicial e também das eventuais dificuldades práticas derivadas das circunstâncias da vida daqueles que se encontraram e se encantaram. O medo é sempre presente e se formos mais honestos conosco mesmos saberemos melhor separá-lo de seus disfarces. É por isso que o conhecimento, que determina crescimento e fortalecimento da razão, é tão útil para que possamos avançar até mesmo nas questões emocionais. A coragem é a força racional que pode se opor e vencer o medo. Ela cresce com o saber e as convicções e também com a maturidade emocional que nos faz mais competentes para corrermos riscos e eventualmente tolerarmos alguns fracassos.



12. A maturidade moral dos que se amam é indispensável para que se estabeleça a mágica da confiança, indispensável para que tenhamos coragem de enfrentar o medo de sermos traídos ou enganados, o que geraria um dos maiores sofrimentos a que nós humanos estamos sujeitos. Não podemos confiar a não ser em pessoas honestas, constantes e consistentes. Assim sendo, este é mais um requisito para que possamos ser felizes no amor. Temos que possuir esta virtude moral e valorizá-la como indispensável no amado. Não há como estabelecermos um elo sólido e verdadeiro com um parceiro não confiável a não ser que queiramos viver sobre uma corda bamba.



13. São tantos os requisitos básicos para que o +amor se estabeleça que não espanta que ele seja tão incomum mesmo sendo uma felicidade possível para todos. Temos que nos desenvolver emocionalmente até atingir a maturidade que nos permita competência para lidar com frustrações. Temos que avançar moralmente para nos tornarmos confiáveis. Temos que ganhar conhecimento mais sofisticado e útil sobre o amor para que possamos ter uma razão geradora da coragem necessária para ousarmos nessa aventura. Temos que ter competência para ficar sozinhos para que possamos desenvolver melhor nossa individualidade e não nos deixarmos seduzir pela tentação da fusão romântica e a excessiva dependência, além de podermos esperar com paciência a chegada de um parceiro adequado. As virtudes necessárias à felicidade sentimental são todas elas "virtudes democráticas", ou seja, acessíveis a todos e cuja presença em uns não impede que surjam nos outros - é sempre bom lembrar que o mesmo não acontece, por exemplo, com o dinheiro: para que uns tenham bastante é inevitável que muitos outros tenham pouco. As virtudes democráticas podem existir em todos aqueles que se empenharem no caminho do crescimento interior. Acontece que elas não são fáceis de serem conquistadas e nem se pode chegar a elas a não ser por meio de uma longa e persistente caminhada. Não existem atalhos e o trajeto pode demorar anos. O caminho é por vezes penoso, mas ainda assim fascinante. Trata-se de uma densa viagem para dentro de nós mesmos, na direção do autoconhecimento.



14. Quando estamos prontos, o parceiro adequado acaba se mostrando diante de nossos olhos. Não precisamos nos esforçar, sair de nossas rotinas de vida e buscar ativamente o encontro amoroso. Tudo irá acontecer quando for chegada a hora e sempre é bom ter paciência, já que esperar com serenidade é uma das condições mais difíceis de vivenciarmos.



15. Se tudo isso lhe pareceu muito racional, lógico e frio, engano seu. Todos esses passos vão nos acontecendo sob a forma de emoções e vivências que se dão espontaneamente, sendo que as reflexões deverão servir apenas de roteiro para que não nos sintamos tão perdidos. Desde a adolescência experimentamos vários tipos de relacionamentos e deveremos ir aprendendo a entender tudo o que está nos acontecendo e todas as nossas ações e reações. Primeiro vivenciamos e depois devemos refletir sobre o que aconteceu. Assim, não existe real antagonismo entre emoções e razão; uma complementa a outra. Reflexões adequadas e consistentes determinam avanços emocionais, que permitem reflexões mais sofisticadas, geradoras de avanços emocionais ainda maiores, e assim por diante. Estabelece-se um círculo virtuoso que deverá criar condições de felicidade sentimental para todos aqueles que se empenharem realmente na rota do crescimento emocional. A felicidade sentimental é a recompensa acessível a todos os que completarem o ciclo mínimo de evolução emocional.



Flávio Gikovate é médico psicoterapeuta, pioneiro da terapia sexual no Brasil.
Conheça o Instituto de Psicoterapia de São Paulo.
Confira o programa "No Divã do Gikovate" que vai ao ar todos os domingos das 21h às 22h na Rádio CBN (Brasil), respondendo questões formuladas pelo telefone e por e-mail gikovate@cbn.com.br
Email: instituto@flaviogikovate.com.br

Namoro à Distância
























Namoro a distância

Categoria: Homens x Mulheres
Por: Jurandir Matos Viana
"Com a expansão da Internet e sua consolidação como meio de comunicação, um novo fenômeno surgiu e quase domina os relacionamentos, o namoro à distância. Mas será que ele é possível?
Há algum tempo atrás era comum as pessoas se namorarem a distancia principalmente devido a deficiência dos s meios de transportes disponíveis, e até mesmo por não poderem revelar os sentimentos aos seus familiares. Com o desenvolvimento tecnológico a barreira das distancias diminuíram e as restrições impostas pelas famílias quanto ao namoro dos filhos se tornaram bem mais flexíveis.

Não haveria, pois então motivo que justificasse tantas pessoas nos dias atuais mantendo um relacionamento com alguém em outra cidade e até em outro país, não haveria realmente se a Internet não tivesse mudado de forma radical a maneira como as pessoas estão criando seus vínculos de amizade e toda forma de relacionamentos inclusive, é claro, o namoro.

Nós últimos anos com a popularização do computador e o desenvolvimento de ferramentas capazes de conectar pessoas dos quatro cantos do mundo, são incontáveis os casais que se conhecem na Rede ou fora dela e mantém o namoro a distancia. Essa massificação do uso da Internet propiciou as pessoas não por necessidade, como acontecia no passado, mas por oportunidade uma nova forma de interagir, tornando possíveis amores há milhares de quilômetros.

O namoro na WEB não se restringe a aqueles que moram em outras cidades, é comum encontrar casais que se conheceram navegando, que moram na mesma cidade e que se falam mais através do computador do que pessoalmente. Aline 22 anos, estudante não passa um só dia sem falar com Guto 28. O casal mora em São Paulo e estão diariamente “teclando” _ eu não teria a oportunidade de estar com ele todos os dias, na Net eu posso falar e demonstrar meu carinho, diariamente, a gente se vê quando pode.

Mais do que permitir que as pessoas se comuniquem a massificação da Internet catalisou os relacionamentos de pessoas que dificilmente se encontrariam no mundo real. È perfeitamente possível que alguém há milhares de quilômetros se encontre em uma sala de bate papo e inicie um namoro, principalmente em se tratando de alguém que domine outro idioma, principalmente o inglês.

As velhas agências matrimoniais, se transformaram nos tão populares sites de namoro, uma febre que faz sucesso em todo mundo, com milhares de cadastrados e que também fomentam os relacionamentos on-line. As facilidades concebidas a partir dessas novas ferramentas permitiram que pessoas com dificuldades de se relacionarem no mundo real pudessem no virtual encontrar a fórmula possível para iniciar um novo romance.

A Internet com todas as suas facilidades também é terreno fértil para proliferação de informações inverídicas. Estudos recentes demonstram que nem tudo são flores nos relacionamentos virtuais, não é pequeno o número de pessoas que mentem e de tantas outras que se sentem enganadas por outras com quem mantém um namoro virtual, principalmente quando ocorre a transição do namoro virtual para o real.

O namoro à distância dos dias atuais é bastante diferente daquele do passado, naquele tempo os casais se comunicavam por cartas, que não raramente levavam meses para chegar ao seu destino. Com as tecnologias atuais da WEB é possível ver e falar instantaneamente com o parceiro, trocar fotografias e vídeos proporcionando uma interação entre os casais jamais conseguida antes

Essa nova forma de se relacionar é sem dúvida uma realidade incontestável cada vez mais presente, é possível que não só as facilidades tecnológicas tenham impulsionado tal comportamento, mas todo o contexto em que estamos inseridos. Estamos mais apreensivos em nos expor pessoalmente, a sociedade cobra padrões de beleza que a maioria das pessoas não se enquadra. Para muitos a Internet é o local onde se sentem mais à-vontade.

Tomara que as novas tecnologias possam ajudar a todos que procuram um amor, nem que seja através do namoro a distância, mas que seja um namoro capaz de preencher todas as expectativas, que seja verdadeiro só assim será capaz de um dia se materializar, já que sabemos de antemão que nunca poderá substituir o bom e velho namoro real e ao vivo.

Boa sorte!

segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

Os relacionamentos e a arte de conversar






“Ao pensar sobre a possibilidade do casamento cada um deveria se fazer a seguinte pergunta: “Você crê que seria capaz de conversar com prazer com esta pessoa até sua velhice?”. Tudo o mais no casamento é transitório, mas as relações que desafiam o tempo são aquelas construídas sobre a arte de conversar” (Friedrich Nietzsche)
Comunicar não é, como muitos pensam, a habilidade de falar. Antes, é se dispor a uma troca, é estabelecer um ambiente onde um oferece algo para o outro e vice-versa. É um campo de intercessão, onde algo se preserva, mas algo se perde também, formando um terceiro plano, o plano comum que conecta as duas partes.

Tanto na comunicação conjugal quanto na comunicação com outras pessoas, é preciso estabelecer um lugar onde seja possível compartilhar vivências, repertórios, vontades e experiências.

Pois é, mas ninguém quer se dar ao exercício de ouvir, de se doar, de tentar entender o outro. Talvez seja preguiça intelectual; talvez seja medo, medo de sair de seu lugar confortável, onde suas convicções lhes sustentam e partir para o desconhecido, colocando em questão suas verdades preestabelecidas. E aí, enclausuram-se no porão de suas supostas certezas.

É preciso compreender que as percepções, as verdades, as crenças, os gostos, etc, etc e tal … tudo é subjetivo, depende dos olhos de quem vê. Por isso, devemos nos abster em determinados momentos de transmitir, transmitir, transmitir… numa comunicação unilateral sem fim. Como se só o que falamos ou pensamos fosse verdade e fosse o melhor.

Para um relacionamento saudável precisamos deixar de lado muitas vezes nossas vontades, não podemos tentar colocar no outro, roupas com as nossas medidas. Não adianta, não vai servir, porque cada um tem sua própria medida. E se forçarmos teremos duas possibilidades possíveis: ou o outro (cônjuge ou cliente) foge e você fica a ver navios ou você terá ao seu lado uma pessoa infeliz, pois estará anulando suas próprias vontades e desejos. Se bem que no caso do cliente é muito provável que você fique a ver navios.

Em vez de tentar moldar as pessoas conforme nossas medidas prontas, porque não conhecê-las melhor, desfrutar de suas opiniões, ouvir suas questões, compreender suas vontades. É como se fossemos visitar outros jardins, e lá colhemos outras flores, sentimos outros cheiros, vivemos o desconhecido que as pessoas têm a nos oferecer.

Isso tudo é possível com uma boa conversa, é só puxar uma cadeira, ir molhando a palavra com um café bem quentinho e se render ao diálogo… Bom que um assunto puxa o outro, que puxa o outro… e assim vai. Quanto mais se conversa, mais se amplia o campo de intercessão que disse no inicio deste texto, mais se estreita os laços, se adquire respeito, vai criando o espaço comum que aproxima as parte.

Pois então, seja com seu cônjuge, com seu cliente, ou quem for, a partir de hoje, entregue-se mais a arte da conversa e então descobrirá um novo mundo: O MUNDO DO OUTRO.



…mas as relações que desafiam o tempo são aquelas construídas sobre a arte de conversar. (Friedrich Nietzsche)


FONTE : Radiologia e Inovação

quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

Confiar um no outro, essencial para um amor maduro



Flávio Gikovate
Veja a lista completa de artigos originais

- Amor implica depender, estar na mão da outra pessoa. Por isso, amar alguém que não nos transmite confiança é ser irresponsável para consigo mesmo.

Poucos são os casais que vivem em concórdia, num relacionamento que crie condições para que ambos cresçam emocional e intelectualmente. Mas, porque existem alguns casais que vivem em harmonia, devemos nos empenhar para também fazermos parte dessa minoria privilegiada. Hoje quero me dedicar a um aspecto essencial das boas relações amorosas que é o desenvolvimento da confiança recíproca. Amar implica depender, estar na mão de outra pessoa. Ela tem, mais do que ninguém, o poder de nos fazer sofrer. Basta querer nos magoar que conseguirá isso, com uma simples palavra ou gesto. Se quiser nos fazer sentir insegurança, não terá problema algum. Fica mais do que evidente que, quando uma pessoa ama alguém que não se empenha em despertar a sensação de confiança e de lealdade, ela irá padecer muito. Irá se sentir permanentemente ameaçada, terá ciúme de tudo e de todos. Amar alguém que não nos passa confiança é, pois, uma irresponsabilidade para consigo mesmo. É uma ousadia, uma ingenuidade e uma grande demonstração de imaturidade emocional – ou sinal de que se tem satisfação com o sofrimento.

Em geral as pessoas se colocam nessa condição em virtude de terem se encantado com alguém que, de fato, não dá sinais de confiabilidade. Aceitam essa atitude egoísta do amado imaginando que seja uma fase, um período doloroso que irá passar com o tempo. Fazem tudo para demonstrar o seu amor, para cativar o outro e esperam que isso faça com que, finalmente, ele se renda, e também se entregue de corpo e alma à relação afetiva. Acaba se compondo uma espécie de desafio, em que aquele que não é confiável percebe que recebe mais atenções e carinho exatamente por agir dessa forma. Com isso se perpetua a situação e me parece bobagem achar que o futuro será diferente do presente. Afinal de contas, aquele que não se entrega ao amor, acaba sendo altamente recompensado por isso e não terá nenhuma tendência para alterar sua atitude.

Quando a “mágica” do encantamento amoroso não vem acompanhada da “mágica” da confiança a pessoa está posta numa situação muito difícil, na qual o sofrimento e insegurança serão as emoções mais constantes. E essa “mágica” da confiança de onde ela vem? De vários fatores, sendo que o primeiro deles depende do comportamento da pessoa amada. Não é possível confiarmos numa pessoa que mente, a não ser que queiramos nos iludir e tentemos achar desculpas para não perder o encantamento por ela. Não é possível confiarmos em pessoas cujo comportamento não está de acordo com suas palavras e suas afirmações. Aliás, quando o discurso não combina com as atitudes, penso que devemos tomar essas últimas como expressão da verdadeira natureza da pessoa. Não é possível confiarmos em pessoas que mudam de opinião com a mesma velocidade com que mudamos de roupa. É evidente que todos nós, ao longo dos anos, atualizamos nossos pontos de vista. Porém, acreditar em certos conceitos num dia – na frente de certas pessoas – e defender conceitos opostos no outro – diante de outras pessoas – significa que não se tem opinião firme sobre nada e que se quer apenas estar de bem com todo mundo. Amar uma pessoa assim é, do ponto de vista da autopreservação, uma temeridade.

A capacidade de confiar depende também de como funciona o mundo interior daquele que ama e não apenas da forma de ser e de agir do amado. Não são raras as pessoas que não conseguem desenvolver a sensação de confiança em virtude de uma auto-estima muito baixa. Desconfiam da capacidade que têm de despertar e conservar o amor da outra pessoa; se sentem inseguras, acham que a qualquer momento podem ser trocadas por criaturas mais atraentes e ricas de encantos. E, o que é mais grave, se sentem assim mesmo quando recebe, sinais constantes, coerentes e persistentes de lealdade por parte da pessoa amada. Nesses casos, não há o que essa criatura possa fazer para atenuar o desconforto daquelas, cuja única saída é um sério mergulho interior em busca de resgatar a auto-estima e a autoconfiança perdidas em algum lugar do passado.

Finalmente, para uma pessoa desenvolver a capacidade de confiar é necessário que ela seja uma criatura confiável. Costumamos avaliar as outras pessoas tomando por base nossa própria maneira de ser. Se nos sabemos mentirosos, capazes de deslealdade e de desrespeito aos outros, como ter certeza de que as outras pessoas não farão o mesmo conosco? Só aquele que tem firmeza interior, que tem confiança em si mesmo no sentido de respeitar as regras de conduta nas quais acredita, pode imaginar que existam pessoa em condições de agir da mesma forma. Se a felicidade sentimental depende do estabelecimento da confiança recíproca, ela será, pois, um privilégio das pessoas íntegras e de caráter.